A taxa de desemprego no Brasil recuou para 8% no segundo trimestre, informou na sexta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do menor patamar para o período em nove anos, desde 2014, quando o indicador marcava 6,9%. Conforme o IBGE, a queda da desocupação contou com o impulso da abertura de postos de trabalho no setor público e de vagas informais, sem carteira assinada.
Ao marcar 8%, a taxa ficou abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam desemprego de 8,2%. O indicador estava em 8,8% no primeiro trimestre. “Temos alguns fatores positivos e outros nem tanto”, diz Mauricio Nakahodo, economista sênior do banco MUFG Brasil. “Ainda vemos um movimento de aumento da população ocupada, mas foi mais concentrado no mercado informal.”
De acordo com o IBGE, o número de desempregados caiu para 8,6 milhões no intervalo de abril a junho, o menor nível para o período desde 2015 (8,5 milhões). O contingente era de 9,4 milhões nos três meses imediatamente anteriores -houve redução de 785 mil pessoas.
Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que investiga desde os empregos com carteira e CNPJ até os populares bicos. “O segundo trimestre registrou recuo da taxa de desocupação, após crescimento no primeiro trimestre do ano. Esse movimento aponta para recuperação de padrão sazonal desse indicador”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE. As informações são da agência Folhapress.
Folhapress
Número de desempregados caiu para 8,6 milhões entre abril e junho
Gil Ferreira/ Agência CNJ/JC
Jornal do Comércio, edição de 31/07/2023.