Debate cenário econômico e perspectivas para 2023

Conselho de Economia e Comércio Exterior da Fecomércio-RS debate cenário econômico e perspectivas para 2023

O Conselho de Economia e Comércio Exterior (CECEX) da Fecomércio-RS esteve reunido na tarde desta-terça (10), na sede da Federação, para tratar sobre resultado das eleições presidenciais, momento atual do País e perspectivas econômicas para 2023. O encontro, uma reunião-almoço coordenada pelo vice-presidente da entidade, Leonardo Ely Schreiner, contou com a presença do consultor econômico da Federação, Marcelo Portugal, membros do Conselho e colaboradores do Sistema.

Abrindo o encontro, o consultor econômico da Federação, Marcelo Portugal, trouxe uma análise da situação política atual do Brasil com base nos resultados das eleições presidenciais realizadas dia 30 de outubro. “O presidente eleito vai receber um governo mais equilibrado, com PIB crescendo e um País com o superávit primário que não víamos desde 2014. Contudo, ele vai precisar de alianças para dar andamento aos projetos propostos”, destaca Portugal.

Sobre o momento atual do País, Portugal apresentou dados dos últimos anos, fazendo uma análise desde o governo Dilma. “Estamos melhorando. Nosso PIB está crescendo, estamos com o setor público mais equilibrado e crescimento de 1% ao trimestre, um crescimento melhor que grandes potências como a China. Após o pico da pandemia, o País retornou muito rapidamente e estamos quase nos mesmos patamares que tínhamos em 2014”, acrescenta.

Com a atividade econômica subindo e a inflação caindo, Portugal destaca que, para o próximo governo, o desafio principal será o ajuste nas contas públicas, sem a elevação da carga tributária. “A inflação deve continuar caindo em função do aperto na política monetária, e o desafio para o próximo governo é trazer a inflação ainda mais para baixo. A tendência é o PIB crescer menos do que deveria, mas ainda assim ficar favorável”, enfatiza.

Na sua fala, o economista ainda trouxe informações sobre a melhoria na receita fiscal devido ao crescimento das grandes empresas, o aumento no consumo de bens, em função do período pandêmico, e o ganho que o País teve de arrecadação com petróleo. Outra pauta debatida foi a econômica mundial para o próximo ano, que tende a ter recessão das três principais potências econômicas do mundo: China, EUA e Europa. “A economia mundial não será um vetor de crescimento para o Brasil no próximo período”, finaliza o economista.

Fecomércio RS – 10/11/2022.

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