A taxa de desocupação no Rio Grande do Sul ficou em 6% para o 3º trimestre de 2022, praticamente estável na comparação com o período anterior (6,3%). Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, a taxa recuou 8,4% no Estado. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgada nesta quinta-feira (17).
O desemprego ficou estável em 21 unidades da federação frente aos três meses anteriores, enquanto o índice nacional recuou de 9,3% para 8,7% no período. O Brasil tinha 2,575 milhões de pessoas em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos os que procuram emprego no País há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 3,678 milhões.
A população desocupada no Rio Grande do Sul está em 376 mil pessoas, sem alteração significativa no trimestre mas com uma redução de 26,6% (menos 136 mil pessoas) na comparação anual. Em Porto Alegre, a desocupação atingiu 6,9%, enquanto na Região Metropolitana chegou a 7,7%, ambas estáveis frente ao trimestre anterior.
No recorte por sexos, a desocupação foi de 4,6% para os homens e 7,7% para as mulheres no terceiro trimestre. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média estadual (6,0%) para os brancos (5,2%) e acima para os pretos (9,6%) e pardos (8,6%).
A taxa de desocupação para as pessoas com Ensino Médio incompleto (11,4%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,1%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (2,4%).
A população desalentada (86 mil pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e ante igual trimestre de 2021. O percentual de desalentados na força de trabalho (1,4%), da mesma forma, se manteve estatisticamente inalterado em relação ao trimestre anterior e ao mesmo trimestre de 2021.
No 3º trimestre de 2022, no Rio Grande do Sul, 15,8% dos desocupados (60 mil pessoas) buscavam por trabalho há menos de um mês, 56,3% (212 mil) buscavam de um mês a menos de um ano, 9,8% (37 mil) de um ano a menos de dois anos e 18% (68 mil pessoas) há dois anos ou mais.
A taxa composta de subutilização (13,3%) teve queda de 1,6 p.p. ante o trimestre anterior (14,9%) e de 4,2 p.p. em relação a igual trimestre de 2021 (17,5%). A população subutilizada (863 mil pessoas) recuou 10,1% (menos 97 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 22,7% (menos 253 mil pessoas) frente a igual trimestre de 2021.
Nível de ocupação aumenta no Rio Grande do Sul
A população ocupada no Rio Grande do Sul (5,9 milhões de pessoas) cresceu 1,6% (mais 91 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 5,6% (mais 312 mil pessoas) na comparação com igual período de 2021. O nível da ocupação (percentual de ocupados na população em idade de trabalhar) foi a 61,9%, com ganho de 1,1 p.p. frente ao trimestre anterior (60,8%) e de 3,4 p.p. frente ao mesmo período de 2021 (58,5%).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 2,4 milhões de pessoas, 3,2% (mais 74 mil pessoas) acima do 2º trimestre e 6,2% (mais 138 mil) maior que o do 3º trimestre de 2021.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado ficou estável no terceiro trimestre ante o período anterior, com 545 mil trabalhadores pela CLT. A alta foi de 17,8% em relação ao período do ano passado, com mais 82 mil pessoas trabalhando com carteira assinada.
Os dados da PNAD Contínua mostram estabilidade no número de trabalhadores por conta própria e domésticos no terceiro trimestre, tanto na comparação com o período anterior quanto com 2021.
Atualmente, 1,5 milhão de pessoas trabalham por conta própria e 284 mil são trabalhadores domésticos.
A taxa de informalidade foi de 31,5% da população ocupada, ou 1,9 milhão de trabalhadores informais. No 2º trimestre de 2022, a taxa foi de 32,8% e, no 3º trimestre de 2021, havia sido de 32,2%.
O rendimento real habitual (R$ 3.117) teve aumento de 7,3% em relação ao trimestre anterior (R$ 2.906) e se manteve estatisticamente estável ante o mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.995). A massa de rendimento real habitual (R$ 17,7 bilhões) aumentou nas duas comparações: 8,7% acima do 2º trimestre de 2022 e 9,8% maior que a do 3º trimestre de 2021.
No 3º trimestre de 2022, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi de 6,3 milhões, sem alteração frente ao trimestre anterior e com alta de 2,9% (mais 176 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2021.
A população fora da força de trabalho (3,3 milhões de pessoas) teve queda em ambas as comparações: de 3% (menos 100 mil) frente ao 2º trimestre e de 5,6% (menos 194 mil) ante o 3º trimestre do ano passado.
Frente ao 2º trimestre de 2022, apenas a Indústria teve aumento de pessoal ocupado, na ordem de 6,2% (mais 56 mil pessoas). Os nove demais grupamentos de atividade não apresentaram variação significativa.
Ante o 3º trimestre de 2021, o aumento no setor de Indústria foi de 20,6% (mais 165 mil pessoas), enquanto nos Outros serviços a alta foi de 23,6% (mais 56 mil pessoas) e em Alojamento e Alimentação ficou em 20,0% (mais 43 mil pessoas). Não houve variação significativa nos demais sete grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura; Construção; Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas; Transporte, armazenagem e correio; Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais e Serviços domésticos.
Legenda foto da capa: “Número de empregados com carteira de trabalho assinada cresceu 3,2% no período”
Foto da capa: Agência Brasília / Divulgação / Cidades
Jornal do Comércio, edição de 17/11/2022.