Empreender x educação financeira nas escolas

Empreendedor une educação financeira e tecnologia em startup voltada para escolas

O projeto pretende aproximar educação financeira dos estudantes

Fundada em 2019, a Blocos Educação é uma startup voltada para ajudar escolas a levarem educação financeira, economia e empreendedorismo para crianças e adolescentes de uma forma gamificada.

Marcus Muller, economista e um dos sócios fundadores da empresa, comenta que a pandemia deu uma chacoalhada no mercado educacional. “Antes, os pais colocavam os filhos nas escolas mais próximas e não viam tanto como era dado e apreendido o ensino. Durante a pandemia, eles começaram a participar mais diretamente dessa educação e tomaram consciência do que tinha sido ensinado. Os pais começaram a ser muito mais exigentes e as escolas vão precisar acompanhar”, afirma.

Os serviços prestados para a escola interessada, em vez de ser um livro para o professor e para os alunos, são um programa curricular e uma trilha com o caminho de ensino online. Um jogo construído de forma lúdica, com histórias e desafios, onde o estudante entra, cria seu avatar e tem a liberdade de explorar o mapa. “A plataforma não substitui o professor, ele é o facilitador do ensino. Nós queremos ajudar o professor a ensinar finanças, que ele e os estudantes sejam os protagonistas”, garante.

Dividido em aulas, os conceitos da plataforma se apresentam de forma mais tradicional para que professores tenham facilidade de entender o funcionamento da ferramenta. “É um programa curricular com elementos de gamificação. Além disso, as escolas também podem contratar o Blocos Família, uma extensão de ensino que engloba pais e professores”, diz o empreendedor.

No primeiro capítulo da trilha, o estudante recebe os conceitos de investimento, com um personagem da história representando cada um. “Ele mesmo é o protagonista da história e cada capítulo apresenta temas diferentes. Pretendemos adicionar inteligência artificial no futuro, para identificar possíveis falhas, já que nem todo mundo aprende de forma homogênea”, explica.

BLOCOS EDU/DIVULGAÇÃO/JC

A plataforma, que já foi testada em algumas escolas em um curso preparatório para as Olimpíadas Brasileira de Educação Financeira, demonstrou grande aceitação por parte dos estudantes, conta o empreendedor. “90% dos estudantes que chegaram até o fim da trilha, receberam medalha na olimpíada”, lembra o economista.

A tecnologia, pensada de forma lúdica e elaborada para manter a atenção dos estudantes, contempla o Fundamental 2 e o Ensino Médio. “Lembro que quando eu ia à escola, os assuntos eram chatos e dados de forma muito tradicional. O mundo mudou e os métodos de ensino também precisam mudar. O que é central na educação é a questão pedagógica e de método de ensino”, garante.

Sobre empreender atualmente no Brasil, Marcus conta que, apesar das facilidades adquiridas nos últimos anos, ainda é uma escolha tortuosa. “A principal barreira que eu vejo é a falta de cultura de empreendedorismo e a falta de conhecimento. Quem busca empreender aqui precisa trilhar o caminho das pedras e aprender sozinho. Tem que estudar toda a questão de método de gestão de processos e de pessoas, não é fácil”, afirma.

Contando ainda com assuntos de consumo sustentável e planejamento familiar, cada série escolar recebe um olhar diferente da educação financeira. Os custos para contratação do serviço variam de acordo com a demanda e as escolas interessadas podem entrar em contato pelo site www.blocosedu.com.br e conhecer mais do projeto pelo Instagram (@blocosedu).

INSPIRAÇÃO: Marcus Muller está à frente do projeto que pretende levar educação financeira para as escolas Foto: ANDRESSA PUFAL/JC

GE – Geração Empreendedora

Jornal do Comércio, edição de 29/08/2022.

 

 

 

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