Estados do Sul estão entre os mais competitivos do país

Ficando atrás apenas de São Paulo, Santa Catarina e Paraná são os estados mais competitivos do Brasil. O Rio Grande do Sul lidera no pilar de inovação em todo o país, revela ranking do CLP

Nenhum estado da região Sul ficou menos competitivo em 2022, sendo que na região estão o segundo e o terceiro mais competitivos do país. As informações são da edição de 2022 do Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria, divulgados nesta terça-feira (13). Confira todos os resultados do ranking. Santa Catarina se manteve na segunda colocação pelo segundo ano consecutivo. O estado perde apenas para São Paulo. Já o Paraná, por sua vez, subiu uma posição e ficou em terceiro lugar enquanto o Rio Grande do Sul foi o que mais avançou em relação ao ano passado, subindo três posições e ocupando o sexto lugar.

Nesta edição foram avaliadas as 27 unidades federativas a partir de 86 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação. Além disso, o levantamento também conta com camadas adaptadas aos parâmetros ESG e ODS, e também com dados dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Dessa forma, se mede o tamanho do desafio dos estados sob uma ótica internacional buscando-se, inclusive, boas práticas que possam ser replicadas no Brasil.

Santa Catarina
O estado conseguiu manter o bom desempenho e pelo sétimo ano consecutivo ficou em primeiro lugar no pilar de sustentabilidade social e pelo quarto ano seguido liderou em segurança pública. Para completar o bom desempenho, o estado também foi o primeiro do país em eficiência da máquina pública, com melhora de uma posição em relação ao ano passado e ficou em segundo em infraestrutura, também uma posição a mais em relação ao ano passado. Santa Catarina é o quarto colocado no pilar de inovação. Por outro lado, Santa Catarina perdeu nove posições em capital humano, chegando na 24ª colocação. Também caiu uma posição em educação (3 ª colocação) e em inovação (4 ª colocação).

Paraná
Avançou uma posição e ocupa a vice-liderança da região e a terceira colocação do país. Se manteve na primeira posição no pilar de sustentabilidade ambiental e se tornou o segundo do país no pilar eficiência da máquina pública, após subir quaro posições. Também avançou uma posição em Inovação e duas em segurança pública, passando a ser o terceiro melhor do país nesses dois pilares. Por outro lado, o estado perdeu duas posições em capital humano e potencial de mercado, ocupando 15ª e 16ª colocações, respectivamente.

Rio Grande do Sul
Foi o que mais avançou na região, subindo três posições e ocupando a sexta colocação geral. Dos dez pilares avaliados, em seis deles, Rio Grande do Sul está entre as dez melhores posições. O estado se manteve em primeiro lugar em inovação, e avançou uma posição em eficiência da máquina pública e sustentabilidade social, ocupando a terceira colocação nos dois pilares. O estado também teve melhorias em segurança pública, subindo duas posições em relação ao ano passado e se tornando o quinto melhor do país no pilar. Pelo quinto ano consecutivo, o estado teve queda em capital humano, foram menos quatro posições, o que levou Rio Grande do Sul para a 25ª colocação. Também teve queda de cinco posições em infraestrutura, chegando na 21ª colocação neste pilar.

ESG e ODS
Realizado pelo CLP pelo segundo ano consecutivo, o Ranking de Sustentabilidade dos Estados é uma adaptação do Ranking de Competitividade dos Estados a partir dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e suas 169 metas, bem como critérios ESG (Environmental, Social and Governance) chancelados pela União Europeia para valorização das boas práticas ambientais, sociais e econômicas dos estados. Na camada ESG, os 86 indicadores de competitividade foram reclassificados segundo os três pilares da sustentabilidade: ambiental, social e governança. Por se tratar de uma análise multidimensional, a soma do número de indicadores pertencente a cada eixo é maior que 86, já que cada indicador pode contemplar mais de uma perspectiva ESG.

Santa Catarina e Paraná ocupam o 2º e o 3º lugar do ranking, com as notas 86,5 e 84,1, respectivamente. O Rio Grande do Sul ocupa a 5ª posição com a nota 65,5. Na camada ODS, há um forte apelo para que ações sejam desenvolvidas por todos os países – pobres, ricos e de renda média, inclusive pelas organizações privadas. Para Tadeu Barros, diretor-presidente do CLP, “Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são globais, mas a realização de cada um deles depende da nossa capacidade de torná-los realidade no país, na região, no estado ou até mesmo no município em que vivemos”.

Os estados de Santa Catarina (81,9) e Paraná (75,5) ocupam o 2º e 3º lugar na média de pontuação nos critérios ODS. Rio Grande do Sul aparece em 9º com a média de 60,1. Os dois rankings de sustentabilidade – ODS e ESG – são independentes entre si. Cada um deles traz uma abordagem e, por consequência, uma contribuição diferente para os governos e organizações. Confira todos os resultados dos Rankings ESG e ODS.

Sobre o Ranking de Competitividade dos Estados
O Ranking de Competitividades dos Estados é realizado há 11 anos pelo CLP. Na edição 2022, as 27 unidades federativas foram avaliadas a partir de 86 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.

Legenda foto da capa: “Santa Catarina foi o primeiro do país em eficiência da máquina pública, com melhora de uma posição em relação ao ano passado e ficou em segundo em infraestrutura”

Revista Amanhã – 13/09/2022.

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