O I Fórum Estadual do Comércio, em Porto Alegre, abriu na manhã desta segunda-feira (12) com cobrança forte de painelistas sobre medidas do governo federal para combater os impactos das cheias no Rio Grande do Sul.
“Parece que o Brasil está esquecendo do que ocorreu aqui”, avisou a deputada federal Any Ortiz (Cidadania). “Se não nos unimos não garantimos um futuro adequado ao nosso Estado”, reforça o deputado estadual Guilherme Pasin (PP).
As duas frentes – ações da União e capacidade de reversão de perdas causadas pelas cheias – pautam o evento que reúne dirigentes de CDLs e associações de lojistas de diversas regiões gaúchas. “A ideia é mapear as condições para reerguer o Estado”, destacou Ivonei Pioner, presidente da Federação Varejista do RS, que promove o evento.
Any afirmou que o Pronampe, principal linha de crédito para Microempreendedores Individuais (MEI) e Micro e Pequenas Empesas (MPEs) “é absolutamente insuficiente e conseguiu quem chegou primeiro”. A parlamentar cobrou mais medidas do governo federal. ” O governo é moroso, lento. Os recursos a fundo perdido são também insuficientes”, advertiu ela.
“Só conseguiremos superar a dor que sentimos se nos unirmos em cobrança. Precisamos cobrar firme“, provocou Pasin, citando uma medida necessária e urgente, da desnegativação de empreendedores, para poderem ter acesso a recursos.
“O Brasil vai esquecer da nossa dor. Repetia isso”, alertou o deputado estadual, que listou medidas para contratos de trabalho. Outra ação prática é de desassoreamento de rios devido ao volume de chuvas que afetou a condição de escoamento. “Precisa uma politica estadual de desassoreamento”, defendeu o parlamentar.
Pasin também seguiu na demanda de medidas como desburocratização e tributação que não dificulte as atividades. “Precisa ter uma limpeza legal para ter um Estado mais afável”, resumiu o parlamentar.
Dificuldades para acessar recursos do Pronampe e uma das razões é que a empresa não aparece na mancha dos atingidos. O Sistema da Dataprev não está mostrando que a operação faz parte das áreas atingidas.
“A expectativa é de ter medida para tirar este nó que atrapalha o desenvolvimento”, projeta Marcelo Arruda, presidente da Federação ads Associações dos Municípios do RS (Famurs) Citou que tem prefeituras enfrentando a 12ª inundação em um ano. “Vamos ter de adaptar nossas cidades”, cita Arruda, mas há demandas que não são simples.
Jornal do Comércio – 12/08/2024