Conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (PNAD Contínua Trimestral), do IBGE, a taxa de desocupação média do Rio Grande do Sul foi de 5,4% no terceiro trimestre de 2023, registrando estabilidade em relação ao trimestre anterior, quando tinha taxa de desemprego em 5,3%, enquanto na comparação com o mesmo período de 2022 (6,0%), a queda não foi estatisticamente significativa. Essa é a taxa de desocupação mais baixa para o trimestre desde 2014, quando foi registrada taxa de desocupação igual a 5,3%. Com esse resultado, o RS ficou na sexta posição. Apesar da boa colocação no ranking nacional, ainda ficou atrás de Santa Catarina (em terceiro, com desocupação de 3,6%) e Paraná (em quinto, com 4,6%). A taxa de participação na força de trabalho registrou recuo na comparação ao mesmo período de 2022, alcançando 64,8%.
O contingente total de ocupados variou -1,7% na comparação com o trimestre anterior, enquanto os desocupados registraram variação de 0,4% nessa mesma comparação, sem significância estatística. Também ante ao segundo trimestre, a força de trabalho teve queda de 1,5%. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, a variação dos ocupados foi de -0,7% (sem significância), enquanto o contingente de desocupados, por sua vez, registrou recuo de 12,0%, e a variação de -1,4% na força de trabalho não foi estaticamente significativa. A população fora da força de trabalho teve variação de 3,1% nessa base de comparação, mas sem significância estatística. A taxa de informalidade foi de 31,5%, reduzindo em relação ao segundo trimestre (32,5%), mas estável em relação ao mesmo trimestre de 2022.
O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas foi de R$ 3.317 no terceiro trimestre de 2023, tendo aumento de 3,1% em relação ao segundo trimestre de 2023 e variação de 1,6% (sem significância estatística) frente ao mesmo trimestre do ano anterior. A massa de rendimento real atingiu o montante de R$ 18,8 bilhões, com variações estatisticamente não significativas em relação ao registrado no trimestre anterior (+1,7%) e em relação ao terceiro trimestre de 2022 (1,4%).
Os dados da Pnad do terceiro trimestre reforçam a percepção de acomodação do mercado de trabalho gaúcho. Apesar das restrições na interpretação dos resultados diante da avaliação estatística dos mesmos, além da estabilidade no total de desocupados em relação ao segundo trimestre, chama atenção a queda da taxa de participação. Esse resultado indica um movimento de saída de trabalhadores do mercado de trabalho, que deve ser puxado pela ocupação informal (trabalhadores por conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar), culminando com a queda na taxa de informalidade, que passou de de 32,5% no segundo trimestre para 31,5% no terceiro.
Legenda foto da capa: “Taxa de desocupação gaúcha fica estável no terceiro trimestre”
Fecomércio RS – 22/11/2023.