Varejo cresce no Brasil e no Rio Grande do Sul na comparação com o mês imediatamente anterior

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A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, que analisa empresas varejistas com 20 ou mais empregados, registrou, em fevereiro, um volume de vendas do Varejo Restrito 0,5% superior ao do mês anterior, na série com ajuste sazonal. Entre as oito atividades pesquisadas, metade registrou queda. O recuo com maior impacto foi verificado em Equipamentos e Materiais para Escritório, Informática e Comunicação (-4,2%).Por outro lado, na comparação com fevereiro de 2024, o Varejo Restrito apresentou um aumento de 1,5% (21ª taxa positiva consecutiva). Nesse comparativo, três atividades registraram queda. No acumulado do ano, o Varejo Restrito teve alta de 2,3% e, em 12 meses, de 3,6%.

Para o Varejo Ampliado, a variação foi de -0,4% em relação ao mês imediatamente anterior e de 2,4% na comparação com o mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, o Varejo Ampliado registrou alta de 2,3% e, em 12 meses, de 2,9%. As atividades de Veículos, Motos, Partes e Peças apresentaram queda de 2,6% no mês, na série com ajuste sazonal, e de 10,0% na comparação com fevereiro de 2024. No caso de Materiais de Construção, houve aumento de 1,1%, tanto na comparação com o mês anterior quanto em relação ao mesmo mês de 2024. O Atacado Especializado em Produtos Alimentícios registrou recuo de 6,5% em relação a fevereiro de 2025.

No Rio Grande do Sul (RS), o Varejo Restrito teve aumento de 0,6% em fevereiro de 2025, em relação ao mês anterior, na série dessazonalizada. Na comparação interanual, o crescimento foi de 6,9%, com sete das oito atividades acompanhadas pelo IBGE apresentando alta: Tecidos, Vestuário e Calçados (9,9%); Combustíveis e Lubrificantes (8,4%); Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo (7,9%); Móveis e Eletrodomésticos (5,7%); Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (4,4%); Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (2,7%); e Livros, Jornais, Revistas e Papelaria, que foi a única atividade com queda (-10,6%). No ano, o Varejo Restrito gaúcho registra alta de 8,0% e, em 12 meses, de 8,3%.

O Varejo Ampliado gaúcho apresentou queda de 1,3% no mês, na série com ajuste sazonal. Na comparação com fevereiro de 2024, a alta foi de 9,5%. O segmento acumula alta de 10,1% no ano e de 9,9% em 12 meses. Nos segmentos, no comparativo com o mesmo período de 2024, as altas foram bastante significativas: Atacado Especializado em Materiais de Construção (17,0%), Produtos Alimentícios (15,1%) e Veículos, Motos, Partes e Peças (11,2%).

O dado de fevereiro de 2025 recolocou a série da PMC em seu recorde histórico. Depois de quatro meses de resultados bastante tímidos, a elevação de 0,5% em fevereiro mostra uma aceleração, ainda que moderada, nas vendas do Varejo Restrito. O aumento real do salário mínimo, a significativa geração de empregos formais no mês e a expansão da massa real de salários ajudam a explicar a dinâmica verificada pelo setor em fevereiro.

Em 12 meses, porém, há uma desaceleração em curso. Nosso cenário continua sugerindo uma desaceleração ao longo do ano, especialmente no segundo semestre, fomentada pela inflação e pela alta da taxa de juros. No Rio Grande do Sul, houve uma leve desaceleração das vendas em 12 meses, de 8,4% em janeiro de 2025 para 8,3% em fevereiro. Apesar do resultado de fevereiro, no estado, a desaceleração deverá ser mais abrupta do que a verificada no país, em virtude da base de comparação, muito ampliada pelos estímulos derivados das transferências de renda e pela necessidade de reconstrução pós-enchentes.

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